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Inteligência Artificial é pré-requisito, diferencial ou ameaça para as agências de propaganda?

Me tornei atendimento publicitário ainda no início dos anos 90, de lá pra cá já presenciei algumas mexidas “revolucionárias” no mundo das agências. Mudanças como o uso sistemático de pesquisa de mercado e audiência para aumentar a assertividade da comunicação, passando pela informatização dos departamentos de criação (antes ocupados por artistas e desenhistas), assisti à chegada da internet (e com isso o início da globalização), o boom das redes sociais e o mundo digital, e agora vivemos a era da Inteligência Artificial (chats GPT, Mid Journey, Khroma, Tome App e tantos outros).

Lembro bem, nos idos de 2010, do crescimento exponencial das agências digitais, pronunciando termos inovadores à época (lead, engajamento, métricas, ETC), oferecendo resultados inimagináveis, vendendo soluções quase que milagrosas, até que o mercado fez o ajuste necessário e percebeu que muito do que era dito até então era uma falácia encoberta por desconhecimento e até ignorância da maioria. A partir daí passamos a enxergar o movimento das agências “tradicionais” incorporando agências digitais e/ou agências digitais comprando agências tradicionais para adquirir o conhecimento em comunicação (que até então era limitado ao uso de técnicas e ferramentas digitais).

No caso da inteligência Artificial, enxergo como uma poderosa ferramenta auxiliar ao trabalho criativo, estratégico e persuasivo de uma agência de publicidade. Não podemos nos iludir achando que a Inteligência Artificial sozinha vai fazer o trabalho de uma agência, muito menos que aquela agência que nunca resolveu o seu problema de comunicação vai resolver a partir de agora porque passou a usar a IA no seu dia a dia.

Colocar essa brilhante ferramenta à disposição de gente inexperiente, seria como botar uma FERRARI na mão de um barbeiro (condutor que dirige mal). As pessoas, a equipe, o conhecimento de mercado e o envolvimento com o cliente continuam e continuarão sendo o fator determinante para o sucesso das campanhas. Outro ponto ainda insubstituível pela IA é o relacionamento. Como promover colab via IA? Como pedir para IA criar conexões entre clientes? Como buscar na IA um prazo estendido para entrega de um material? Ou ainda, como fazer com que a IA entregue milhares de folhetos impressos em determinado endereço do nosso cliente?

Assim como foram a pesquisa, o computador, a internet e as redes sociais, a IA ainda é diferencial para algumas agências, mas logo passará a ser pré-requisito. E jamais será ameaça para as boas agências de propaganda. A palavra-chave para nossa sobrevivência continua e continuará sendo RELEVÂNCIA. Enquanto a agência estiver sendo relevante para o negócio do seu cliente, ela manterá a conta publicitária em sua carteira. E o que é ser relevante? Na minha opinião é oferecer para o cliente aquilo que ele não consegue fazer sozinho e/ou com outro que faça melhor e mais barato.

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Diferentes marcas. O mesmo orgulho.

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